Apolo na Inglaterra

29/05/2009 00:36

Na mitologia grega e no misticismo moderno, diz-se que o deus Apolo tem uma relação especial com a Hiperbórea, uma civilização lendária que teria existido em algum lugar do Ártico e às vezes apresentada como sendo as ilhas britânicas. O historiador Diodoro da Sicília (c. 90-30 a.C.) cita Apolo como o deus que “descia” na ilha a cada 19 anos.
O viajante grego Pítias de Marselha (c. 380-310 a.C.) foi um dos primeiros a visitar a Inglaterra, por volta de 325 a.C. Nos relatos de suas viagens, existe uma referência à existência de uma cidade chamada “cidade de Apolo”, relacionada às supostas viagens do “deus” grego.
Recentemente, o arqueólogo Dennis Price – que trabalha com a Wessex Archaeology e que ficou famoso ao encontrar uma pedra que faltava no altar de Stonehenge –, disse que pode ter encontrado a “cidade perdida de Apolo”. Ele contou com a ajuda de especialistas em linguagem da Exeter University para traduzir os textos de Pítias e encontrar menções à cidade.
Price diz que existe um sítio pré-histórico, datado da Idade de Ferro e geralmente descrito como um simples forte, situado a leste de Stonehenge, numa colina. No entanto, as escavações no local têm mostrado resquícios de funerais que datam da baixa Idade do Bronze (c. 3.500-2.000 a.C.). Segundo o pesquisador, isso mostra que o sítio estava em uso na mesma época em que Stonehenge estava sendo construído, bem próximo dali.
Segundo Alexander Fitzpatrick, da Wessex Archaeology, não é possível saber como Pítias relacionou esse local com a “cidade perdida de Apolo”. Apesar dos textos de Pítias datarem da mesma época que o sítio arqueológico, Fitzpatrick entende que Dennis Price ainda precisa estabelecer uma relação entre ambos.

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