Dilúvio no Saara

28/06/2009 15:42

    O biólogo Jim Teller, da Universidade de Manitoba, Canadá, acredita ter encontrado evidências de que uma inundação de imensas proporções ocorreu no deserto do Saara, ao final da última Idade do Gelo. “Não foram 40 dias e 40 noites de chuva, como as Escrituras descrevem o dilúvio de Noé”, explicou Teller, “mas certamente foi um dilúvio que teve impacto nas populações humanas”.
    Também fizeram parte dos estudos e pesquisas Nick Lancaster, do Desert Research Institute, em Nevada, Ken Glennie, da University of Aberdeen, e Ashok Singhvi, do Physical Research Lab, na Índia. A teoria surgiu logo após os cientistas William Ryan e Walter Pitman terem sugerido que o dilúvio da Bíblia estaria relacionado com a inundação do Mar Negro, após o final da última Idade do Gelo.
    Apesar das histórias sobre o dilúvio – e sobre um homem que teria conseguido construir algum tipo de embarcação para escapar à força das águas – serem encontradas nas civilizações de todas as partes do planeta, quase todos os cientistas relutam em aceitar a idéia de uma inundação global. Segundo se acredita, inundações locais deram origem aos relatos, ou uma grande inundação, como a proposta para o Saara, originou uma história que se espalhou pelas demais civilizações, sendo ligeiramente modificada. Também já se sugeriu que o dilúvio bíblico teria sido apenas uma inundação do Tigre e do Eufrates, mas essa teoria vem sendo rechaçada nos últimos anos.
    Teller pensa que o dilúvio foi conseqüência de um gigantesco derretimento no final da Idade do Gelo, e a história é relembrada por diversos povos em suas lendas. Segundo o biólogo, o processo de derretimento e inundação deve ter ocorrido ao longo de mil anos.

Voltar